Passos para uma Interoperabilidade em Saúde Eficaz
Nunca se falou tanto em interoperabilidade em saúde como nos últimos tempos. O tema é tão importante quanto necessário nos diversos segmentos de saúde que o assunto virou contexto de diálogo e discussão nas diversas esferas organizacionais.
Mas fica a dúvida: “Você realmente entende o que é interoperabilidade em saúde?” ou “Você sabe qual é o objetivo de ter interoperabilidade em saúde no seu contexto organizacional?”
Infelizmente, muitos profissionais de saúde, até mesmos os de tecnologia do setor, veem a interoperabilidade como uma integração mais robusta de dados. Bem longe disto, a interoperabilidade de saúde visa ser o “meio” para objetivos prognósticos de ambientes de informações distintos e separados, apresentando resultados que sugerem ações para melhorias ou modificações.
O Contexto da interoperabilidade vai muito além de uma assistência global e eficiente ao paciente. Digamos que o universo interoperado dá as organizações condições de avaliar o cenário produtivo em uma visão 360 Graus, considerando que cada variável na prestação a saúde tem como ser avaliado. Isso envolve ter domínio sobre a assistência, custo, qualidade e sustentabilidade da cadeia produtiva da organização.
Olhando para um passado recente, Sistemas de Gestão na área da saúde era algo escasso, presente apenas em poucas organizações com robustez e aporte financeiro para tal. Contudo, não existe gestão sem tecnologia e felizmente acesso à tecnologia de diversas fontes são presentes na maioria das organizações que tem o contexto saúde como finalidade de sua existência. Estudos revelam que 30% de dados digitais gerados são da área da saúde e o volume deste ativo ultrapassa os 2000 hexabites de informações. Mas como aproveitar o máximo destas informações sem grandes investimentos ou mobilização de toda uma infraestrutura gigante de profissionais, mudando o core de atuação da empresa? A resposta é simples: Interoperabilidade.
Mas antes de adotar este Conceito Aplicável, alguns passos devem ser adotados:
1º – O que é preciso atender: A instituição como um todo precisa saber quais os benefícios reais que um processo de interoperabilidade deverá apresentar, direcionando tratamento para dores crônicas e infortunas que persistem na instituição. Alavancar investimento para um processo de interoperabilidade por questões de momento, não tende a ser um objetivo real para qual “ela” se aplica.
2º – O que Interoperar: A área da Saúde em seus segmentos tem inúmeros tipos de sistemas, com seus objetivos definidos e tipos de dados moldados para que seu propósito de existência seja cumprido. Diante disto a instituição tem uma gama de informações e que talvez nem todas são necessárias para sua aplicabilidade alvo de interoperabilidade. Existe uma regra na tecnologia em saúde, de quanto mais dados transitados e armazenados, maior é seu custo operacional de análise e manutenção. Entender por meio de profissionais qualificados quais são as informações que são essenciais para que o “meio” de interoperabilidade atenda seu objetivo, garantido que o CMD – Conjunto Mínimo de Dados tenha excelência, é primordial para a sustentabilidade desta empreita.
3º – Avaliar Tecnologia Evolutiva: Todos os sistemas mudam, por necessidades regionais, legais, mercadológica e tecnológica. Isso é bom, pois faz com que os ativos não se tornem obsoletos e com o tempo ineficaz para a organização. Um barramento interoperável tem que seguir o mesmo caminho e de forma mais rápida. Quando aplica-se um barramento interoperável no setor da saúde, está se aplicando praticamente um organismo que terá evolução constante, visto que ele tem interação com diversos sistemas que são modificados e atualizados em momentos diferentes e distintos. A importância em saber analisar se a solução tem uma arquitetura flexível e uma tecnologia permissiva a evolução, irá fazer a diferença na manutenção da interoperabilidade moldada para a organização.
4º – Identificar uso de Protocolos Internacionais: A viabilidade de segurança de uma plataforma de interoperabilidade tem em sua idealização usos de Protocolos Internacionais na conjuntura de dados. Ter uma solução que apresenta as trocas de informações sob um CMD – Conjunto Mínimo de Dados sob protocolos como HL7® FHIR®, DICOM®, LOINC® e outros vai além de um método de organização. Adotar padrões de comunicação para o setor de saúde garante que o processo de interoperabilidade sempre seguiu padrões viáveis e experimentados por instituições sérias e robustas, tais como o Instituto HL7 Brasil e SBIS – Sociedade Brasileira de Informática na Saúde, para que o padrão de excelência seja sempre aplicado.
5º – Observar os Cumprimentos das Leis: A Saúde seja talvez o setor mais regulamentado em nosso País, considerando que no final cuidar da vida de alguém respeitando os princípios da dignidade e da existência, realmente merece o devido esmero. A idealização da interoperabilidade em saúde deve sempre atentar as leis vigentes e principalmente as regras dos conselhos de classe que norteiam a área de saúde, com finalidade de que as transações das informações e seu tratamento não infrinja em atos ilegais com aplicações de sansões legais a organização. A exemplo disto tem a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, onde elaborar critérios a serem cumpridos pela solução é de grande valia para sua escolha de uso.
6º – Se Apoiar em Governança Corporativa: O maior ativo de todas as organizações de serviços é a informação que ela produz. O Setor de Saúde não se exclui deste contexto, onde sem a informação rica e qualificável se torna impraticável ofertar serviços à comunidade social e de mercado. Ter condutas que visa que a captura, operação e armazenamento destes dados sejam seguras é crucial para a escolha da solução. Formar um Comitê interno para que a solução apresente evidências da existência aplicada de Normativas internas baseadas em Políticas de Backup, Políticas de Segurança da Informação, Plano de Continuidade de Negócio, Política de Classificação da Informação, Política de Gerenciamento de Incidentes e outras é uma grande valia de sucesso para interoperabilidade segura.
7º – Apresentar Viabilidade de Aplicação: Um dos maiores temores das organizações é o processo de interoperabilidade ser caro e longo, isto por experiência em implantações diversas, com grande consumo de horas de profissionais próprios e contratados, acrescido da aquisições de equipamentos para suportar toda esta solução. O Processo de interoperabilidade tem como premissa de somar as soluções existentes e onerar o que está em andamento. Avaliar soluções inteligentes, com aplicabilidade de consumo de dados escalável (pagar por uso), profissionais comprovadamente qualificados na entrega, metodologia simples e inovadora experimentada para implantação e apresentar métricas simples a contrapartida financeira fecha o ciclo do roteiro para envolver os principais stakeholders da organização rumo as mudanças de cenário atual.
Como se vê, a Interoperabilidade em saúde é bem factível e comprovadamente apresenta resultados muito promissor para as organizações. Até mesmo os governos das diversas esferas estão avaliando como adotar os processos de interoperabilidades. A Rede Nacional de Dados – RNDS, instituída pela Portaria GM/MS nº 1.434, de 28 de maio de 2020 do Ministério da Saúde será o grande marco da conectividade da saúde no Brasil, tendo como base a Política Nacional de Informação e Informática em Saúde, contextualizada na PORTARIA GM/MS Nº 1.768, DE 30 DE JULHO DE 2021.
Atuar com informações fragmentadas de pacientes, segmentos e sinistralidade conjuntura em um esforço contínuo de sobrevivência e continuidade da prestação como organização. Estamos no auge da era da Gestão da Informação, com formação de indicadores e análises mais sólidas das informações que chegam em nossas mãos. Mas será que todas as informações que influenciam sua organização estão presentes para análise?
Adentrando nesse contexto, é onde a DTO, com o seu DataOpera, desempenha um papel crucial. O DataOpera é uma ferramenta desenvolvida para lidar justamente com esses desafios de interoperabilidade, facilitando a integração e gestão de dados em saúde de maneira eficaz e segura.
Como solução tecnológica, o DataOpera se encaixa perfeitamente no terceiro passo, oferecendo uma tecnologia escalável, segura e compatível com os mais diversos sistemas, facilitando o “como” da interoperabilidade. Além disso, a DTO, com a sua equipe multidisciplinar de especialistas, se adequa ao quarto passo, sendo o “quem” que implementará, gerenciará e sustentará a estratégia de interoperabilidade.
A DTO e o DataOpera também contribuem no quinto passo, uma vez que oferecem suporte contínuo, avaliando e ajustando o processo para garantir a eficácia da interoperabilidade. Com a sua expertise, a DTO permite que as organizações de saúde maximizem o potencial dos seus dados, aumentando a eficiência e a qualidade do atendimento ao paciente.
Em conclusão, o caminho para a interoperabilidade em saúde, embora complexo, é crucial para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde. Com a ajuda de soluções e parceiros adequados, como a DTO e o DataOpera, este caminho se torna menos árduo e mais recompensador, beneficiando não apenas as organizações de saúde, mas também os pacientes que dependem delas.