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Padrões e protocolos para a interoperabilidade em saúde: uma visão geral


A interoperabilidade em saúde é fundamental para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente, aumentar a eficiência e impulsionar a inovação no setor. Neste artigo, apresentaremos uma visão geral dos principais padrões e protocolos utilizados na interoperabilidade em saúde, incluindo o Health Level Seven (HL7), o Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR) e o Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM). Abordaremos as características de cada padrão e como eles contribuem para a troca eficiente e segura de informações no ecossistema de saúde.

  1. Health Level Seven (HL7)

O Health Level Seven (HL7) é um conjunto de padrões internacionais desenvolvidos para facilitar a troca de informações clínicas e administrativas entre sistemas de saúde. Ele abrange uma ampla gama de funcionalidades, desde a troca de mensagens eletrônicas até a integração de sistemas hospitalares e a documentação clínica.

Os principais componentes do HL7 incluem:

  • HL7 v2.x: uma série de padrões baseados em mensagens que suportam a comunicação entre sistemas de saúde. A versão 2.x é amplamente utilizada em todo o mundo e é conhecida por sua flexibilidade e facilidade de implementação.
  • HL7 v3: uma evolução do HL7 v2.x, baseada em um modelo de informação mais rigoroso e padronizado. A versão 3 visa melhorar a precisão e a consistência das informações trocadas entre sistemas, mas sua adoção tem sido mais lenta devido à complexidade de implementação.
  • Clinical Document Architecture (CDA): Um padrão baseado em XML para a estruturação de documentos clínicos eletrônicos, como resumos de alta e registros médicos eletrônicos.

2. Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR)

O Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR) é um padrão emergente desenvolvido pela HL7 que busca simplificar e melhorar a troca de informações em saúde. O FHIR é baseado na tecnologia da web moderna e utiliza uma abordagem modular e baseada em recursos para facilitar a integração e a interoperabilidade.

Algumas das características distintas do FHIR incluem:

  • Representação de dados em formatos JSON e XML: Isso permite que os desenvolvedores utilizem ferramentas e bibliotecas amplamente disponíveis para trabalhar com os dados do FHIR.
  • Estrutura baseada em recursos: Cada componente do FHIR é representado como um “recurso” independente, que pode ser combinado e vinculado para criar representações complexas de dados clínicos e administrativos.
  • API RESTful: O FHIR utiliza uma API RESTful, permitindo que os sistemas de saúde se comuniquem de maneira eficiente e escalonável.

3. Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM)

O Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM) é um padrão internacional para a transmissão, armazenamento e compartilhamento de informações de imagens médicas. Ele foi desenvolvido para garantir a compatibilidade e a interoperabilidade entre sistemas de imagem médica, como tomógrafos, ressonâncias magnéticas e sistemas de arquivamento e comunicação de imagens (PACS).

O DICOM inclui:

  • Um formato de arquivo padronizado: O DICOM define um formato de arquivo comum para armazenar e compartilhar informações de imagens médicas, incluindo metadados sobre o paciente, o estudo e o equipamento usado para gerar a imagem.
  • Protocolo de comunicação: O DICOM especifica um protocolo de comunicação para transferir informações de imagens médicas entre sistemas e dispositivos, garantindo a interoperabilidade e a integridade dos dados.
  • DICOMweb: Um conjunto de serviços baseados na web que permite o acesso e a manipulação de informações de imagens médicas usando padrões da web modernos, como RESTful APIs e formatos de dados JSON e XML.

A interoperabilidade em saúde é fundamental para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e impulsionar a inovação no setor. Padrões e protocolos, como HL7, FHIR e DICOM, desempenham um papel crucial na promoção da troca eficiente e segura de informações entre sistemas de saúde. À medida que a tecnologia continua a evoluir, é essencial que profissionais de saúde, desenvolvedores e tomadores de decisão trabalhem juntos para adotar e implementar esses padrões, garantindo a interoperabilidade e a melhoria contínua no ecossistema de saúde.

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